Bloco de notas #1

Dezembro de 2025

✍🏻 rascunhos.txt

O comprimido e um copo d’água.

Chuva no jardim

Molha a semente.

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Cemitério e prisão

Os fundadores de uma nova colônia (…), invariavelmente aceitam, como uma de suas primeiras necessidades práticas, escolher um pedaço de terra virgem para servir de cemitério e uma segunda porção de terreno para construir uma prisão.

— A letra escarlate, Nathaniel Hawthorne.

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Cultura de livraria de aeroporto

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Em novembro, comecei a leitura de O homem que amava os cachorros, de Leonardo Padura. Estou chegando ao fim, por isso, estou lendo cada vez mais devagar.

🔗 Links

Momentos, Mariana Ianelli https://rascunho.com.br/cronistas/mariana-ianelli/momentos

Se calhar são esses momentos que entrarão naquele cinema final da vida, quando se borram narrativas, circunstâncias, contextos, e tudo o que fica é só a inteireza de um poema. Um poema de instantes circulares, sem começo nem fim, sempre acontecendo. Um dia de gaivota em frente ao lago.

The real crisis of literacy – we’re reading too much – New Statesman https://www.newstatesman.com/ideas/2025/11/the-real-crisis-of-literacy-were-reading-too-much

Opinion | A Practical Guide to the Modern Commune – The New York Times https://www.nytimes.com/2025/12/24/opinion/community-housing-friendship.html

Cordas gloriosas – Revista E Sesc https://www.sescsp.org.br/editorial/cordas-gloriosas/

“O violão tinha tudo para dar errado, e sua divulgação, por anos, se deu nas páginas policiais. “À noite, os vadios arranjam tocatas de violão e serenatas, com algazarras e motins, perturbando o sossego público. Não seria mau que o delegado os chamasse à fala”, incitou o Jornal do Brasil em 20 de junho de 1900. Seis dias depois, o senhor Manuel Pinheiro tocava violão em um botequim quando um policial entrou, olhou para o seresteiro e ordenou que parasse. Manuel disse que não iria incomodar. Segundo o Jornal do Brasil, o homem, a partir daquele momento, foi “agredido a sabre e multado.”

No jornal O Commércio de São Paulo, de 1909, um leitor faz seu desabafo: “É intolerável estar às tantas antes de meia-‑noite, no gabinete de leitura, estudando ou meditando, e sentir uma voz roufenha zurrando, acompanhada por um ou mais violões desafinados. Pois isto dá-se quase que todas as noites, ali para as bandas da rua Conselheiro Furtado, bem pertinho do centro, e probabilissimamente também noutros pontos se dera sem que se possa protestar contra os espedaçadores dos nossos tímpanos (…)”.

Segundo a pesquisadora e violonista Flávia Prando, a intolerância ao violão urbano aumenta a partir de 1906, quando os códigos de segurança pública são estabelecidos nas metrópoles em crescimento. Autora da tese O mundo do violão em São Paulo: processos de consolidação do circuito do instrumento na cidade (1890-1932) e doutora em música, Prando observa que uma ideia de ímpeto civilizador da época fez com que o estado passasse a ordenar as ruas e os barulhos. “O silêncio tornou-se signo de progresso enquanto a sonoridade popular era tratada como resquício arcaico”, afirma. A pesquisadora acrescenta: “o som tornava-se, assim, um marcador de presença indesejada – e o violão, nesse contexto, uma ferramenta de mobilização estética e social dos grupos subalternos”.

A história começa a mudar quando concertistas europeus, sobretudo espanhóis, passam a vir ao Brasil e levam o instrumento aos teatros. Das páginas policiais, o violão entra nas colunas de arte …”

Pondé, o inteligentão https://blogdaboitempo.com.br/2025/09/02/ponde-o-inteligentao

“Como Adorno, Pondé observa o mundo a partir do “Grande Hotel Abismo”, uma imagem utilizada por Lukács para fustigar o excesso de negatividade e de pessimismo dos intelectuais frankfurtianos. Mas, à diferença de Adorno, para quem o motivo da angústia era o capitalismo, o amor de Pondé pelo desastre sem solução é suplantado pelo ódio aos que olham para a catástrofe a fim de encontrar caminhos para superá-la, buscando bifurcar um “progresso” que avança na direção do precipício.

Sintomas do mundo contemporâneo, em que só os tolos resistem ao irresistível, os artigos de Pondé são uma espécie de autoajuda às avessas: ele quer nos ensinar a nos deliciarmos com a mediocridade do mundo, transferindo o próprio ressentimento aos outros. 

Pondé jamais se rebaixa ao nível dos “inteligentinhos”. Ele está acima, numa poltrona confortável e inalcançável. Ele não tem régua. Ele é a régua. É o único adulto na sala. Ele é, enfim, o nosso “inteligentão”. “

Alberto Dines denunciou esgotamento do jornalismo https://www1.folha.uol.com.br/folha-105-anos/2025/12/alberto-dines-denunciou-o-esgotamento-do-jornalismo-brasileiro.shtml

Reluctant Cheats: a story by Anton Chekhov — In this short story, appearing in English for the first time, New Year’s party guests battle against time https://www.newstatesman.com/culture/fiction/2025/12/reluctant-cheats-a-story-by-anton-chekhov

Pop Culture Got Stale. Counterculture Went Right-Wing https://www.smry.ai/pt/proxy?url=https%3A%2F%2Fwww.nytimes.com%2F2025%2F11%2F21%2Fbooks%2Freview%2Fculture-right-wing-david-marx.html%3Fview%3Dmarkdown&source=smry-slow&sidebar=false

🎥 Filmes

A Sala dos Professores https://app.primevideo.com/detail?gti=amzn1.dv.gti.22b7b460-b494-4b70-b8c1-c8a8cd5e9c89&ref_=atv_dp_share_mv&r=web

Frida https://app.primevideo.com/detail?gti=amzn1.dv.gti.309da9d7-c05e-4e65-8567-2cadeee5c32f&ref_=atv_lp_share_mv&r=web

🎧 Música

📷 Fotografias

Deus criou primeiro um tatu: crônicas da mata, de Yvonne Miller, da editora Aboio.

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Coleção tartaruga 🐢

A seguir, fotos esquecidas numa gaveta pasta de arquivos:

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